Incluir us cara
Inclusivi us paletó
Incubidus de tal papel
Incapazis de olhá pra fora
Ispirado é só no séu, no ceu
In agora?
Incara us cara, cara
Incara u cara, canalha
I cadê a casa, o carro
I cadê as coisa
Incitada nus discursu
I cadê a cumida
I cadê a tal educação, irmão
Ié qui a vida tá só o cão
Incabível essa tal situação
Incorruptível essis ladrão?
Incutido na po(L)vocultura
Incréu das jura
Mas continua:
(shiiiiu)
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
O dia em que a rosa olhou para a Lua

Ó céus, ó azar! - dizia a rosa
E a Lua tão formosa de longe a observar
Passava todas as noites
-Bom dia, botão de rosa!
E a rosa continuava a lamentar
-Ó vida, ó azar.
-Mas pra quê tanto lamento, pequena rosa,
o mundo é tão especial, basta olhar
-É que a volta só há espinhos,
mas agradeço por se preocupar.
Duendes, criaturas mágicas e outros seres
viviam a sussurrar
-Olha que Lua linda, botão de rosa!
por que não se por a cantar?
-Eu gosto da Lua,
mas queria tanto mais a mar!
-Olha pro rosto da água, pequeno flor,
lá tu encontras o tal mar.
-Não, esta água é doce,
não há nela mar, ó azar!
Foi então que a primavera chegada
trouxe chuva de luar
E a rosa, embriagada
Experimentou a Lua a cortejar:
-Gosta de chuva, botão de rosa?
-Chuva é boa, mas chove aqui dentro também
afinal, nunca irei encontrar alguém?
Passarinho passava por ali
decidiu aconselhar e ouvir
-Olha pro lado, botão de rosa
o que tu procuras não está aí?
-Não, amiga bondosa
tudo está longe de mim e de ti
E a rosa deixou de pensar
Sonhar, acreditar e sentir
-Boa noite, botão de rosa!
devo sair daqui?
-Não, fica, Lua formosa,
a noite é linda te olhando daqui!
-Pois olhes no lago, botão de rosa
que teu pago já deve vir
-Lago, pago, mago, sapo?
-Fecha o olho e sente a ti
Colhe a Lua, então, o botão de rosa
Desabrocha formosa, de leve sorri
-Fica pra sempre, Lua mimosa?
noite linda já não é sem ti!
Assinar:
Postagens (Atom)