
Eu te colho a cada dia
Como se colhe a flor dos campos...
Na aurora ainda adormecida
Ressoa o perfume do verde manto
E na elipse de lucidez
Vai a figura formando
A cada rutilar do vento,
A cada rugir do pensamento,
Teu nome tem gosto
Teu jeito, canto
Na confusão do doce timbre
Não querer que eu adivinhe
Querer dizer-te me leva,
Me enleva à doce quimera!
Mesmo diante da ausente face
Ainda que sem ti, presente faz-se
Esse efêmero sorrir
Tati Valença
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