"Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor: apenas respeitadas, como a única coisa que resta a um[a mulher inundada] de sentimentos." (OM)

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Campos Distantes



Eu te colho a cada dia
Como se colhe a flor dos campos...

Na aurora ainda adormecida
Ressoa o perfume do verde manto
E na elipse de lucidez
Vai a figura formando

A cada rutilar do vento,
A cada rugir do pensamento,
Teu nome tem gosto
Teu jeito, canto

Na confusão do doce timbre
Não querer que eu adivinhe
Querer dizer-te me leva,
Me enleva à doce quimera!
Mesmo diante da ausente face
Ainda que sem ti, presente faz-se
Esse efêmero sorrir

Tati Valença

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