De um bár-ba-ro viajante do mundo.
Metáfora concreta do homem menino,
Recente menino-homem, homem.
Só se pode tê-la arraigada e forte quando já se é.
Um homem de floresta masculina
Permeada por encantos, selvagens cantos
Por frescos rios que tomam fôlego
Alimentando a vegetação por-entre-onde serpenteia.
Vales. Montanhas. Abismos. Sombras. Suor.
Toque. Cheiro. Doce calor.
Mato molhado, verde sabor. E continua...
A perder-se em meio à floresta inexplorada
À margem, à fonte das águas
No reservatório-espelho
Onde a Lua beija a superfície do rio.
.Arrepio.
Avançando o extremo de seu próprio corpo
Que se perde do mundo
Entre a serrapilheira que recobre o véu da face.
E se torna o mundo. E é o mundo.
Deixar-se levar,
Apagar de todas as extremidades
Num fluxo único que roda-e-gira-
-e-gira-e-roda-
-e- roda-
-enlaça-...-
Atrás do descaso,
A floresta inexplorada se esconde
Junto à leve brisa afável e arfável,
Junto às gotículas orvalháticas
Da imensidão do ser-não-ser,
Do ser e do morrer,
Do paradoxal encontro com a máscula floresta
O homem que se trilha
Do menino-terra-imóvel-viajante
Em sua beleza profana.
Seis.de.maio.de.dois.mil.e.quatorze.
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