Dizem que, para se amar algo ou alguém, duas coisas são necessárias: A primeira é amar a si mesmo (diga-se: amar, e não idolatrar-se). A segunda é não depender da coisa amada, assim como um vício depende, porque para se viver um amor, os dois amores tem que se bastar.
Verdade ou mentira, esta é de fato a forma mais saudável de ter alguém ao seu lado. Mas para o amor não há formas ou fórmulas certas ou erradas. Há amor.
Quem inventar um dia um termômetro de sentimentos ficará rico, porque sentimento não se mede. Não há muito ou pouco. Ou se ama, ou não se ama. O resto é gostar, querer bem.
Mas errou quem disse que não se pode amar duas pessoas ao mesmo tempo. Um exemplo disso é que conseguimos amar os nossos pais e amigos sem que um amor interfira no outro.
O amor de amante (diga-se: ser que ama) acontece da mesma maneira. Há vários subtipos dele. A maioria dos tipos e minoria das ocorrências são aqueles inexplicáveis. Às vezes a gente ama e não sabe como, não sabe o porquê, não pode dizer o quanto. Às vezes a gente não sabe afirmar nem mesmo se é amor de verdade. Mas sentimos uma ligação profunda, um sentimento tão bonito, uma felicidade imensa só de pensar na pessoa. Existe esse sentir e pronto, é amor, por mais que não se admita, simplesmente é.
Mas o que difere o amor de todos os outros sentimentos é que, meio que contrariando Vinícius, ele não morre. E eu explico: quando a gente ama alguém, a partir do momento que se fala ou sinta verdadeiramente, não há como voltar atrás. É algo pra vida toda. Daí acaba a chama, o amor adormece, mas permanece ali guardado num cantinho, por mais escondido que esteja, ou por mais que tentemos enganar a nós mesmos. Pode-se sentir raiva, rancor, rejeição, culpa, ódio. Ele permanece.
Às vezes o mundo mudou tanto a pessoa que amávamos, que esta não existe mais, então o amor de amante que fica é por um passado. Mas o amor é mutável, e como tal, você permanece amando a nova pessoa de um jeito diferente. Mas ainda assim continua amando.
É assim que se ama várias pessoas ao mesmo tempo, e é por isso que devemos tomar muito cuidado ao dizer uma palavra tão forte assim para alguém, porque AMOR, VIDA e ETERNO andam juntos.
Como diz Saint-Exupéry...
“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.” (Saint-Exupéry)
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"Por favor, cativa-me!"
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