"Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor: apenas respeitadas, como a única coisa que resta a um[a mulher inundada] de sentimentos." (OM)

segunda-feira, 15 de março de 2010

Poema aos Não-Efêmeros

Amor é fogo que arde ao se ver,
Sem que se veja.
Amor é chama que apaga,
Sem que se espere.

E da queima, resta-lhe as cinzas
E permanecem as partículas mais íntimas
Para que, se houver,
Chegada a hora
Renasça a fênix, a doce fênix
Com suas asas longas

Sujas de cinzas.
Feitas de cinzas.
E das partículas que não se acabam.

(Ou até que novo pássaro aponte no horizonte.)

Mas a constituição de cinzas é inevitável.


Tati Valença

Um comentário: